quarta-feira, 4 de agosto de 2010

LEONOR

"Em 1764, Leonor, seus três filhos e também seus netos, de "geração carijó", ancorando-se nessa legislação, requereram ao governador, em Ouro Preto, para serem "libertos e isentos da escravidão em que se achavam", sob o domínio de Domingos de Oliveira, que os mantinha cativos, maltratando-os e infringindo "rigorosos serviços e pancadas". Feitas as averiguações, o governador ordenou que uma escolta fosse libertar os carijós, procedendo contra aqueles que colocassem quaisquer embaraços."


RESENDE, Maria Leônia Chaves de; LANGFUR, Hal. "Minas Gerais indígena: a resistência dos índios nos sertões e nas vilas de El-Rei". Revista Tempo, 23. Revista do Departamento de História da UFF.
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LEONOR

Seu pranto de dor
Por causa tão justa
O passado lhe custa
Vida melhor

Dourado que brilha
Na mente ganância
Ceifa infância
Talha famílias

Raízes de um povo
Que muito sabia
Cativos de outrem
Jamais poderia

Tão só, carijó
Sequer desistia
De sua alforria
Libertas aos seus

O que de direito
A lei garantia
Nem sempre valia
Naquela corrida

Mas de valentia
Fez sua esperança
Cunhando no tempo
Que a história avança

Heitor Branquinho
04/agosto/2010

1 comentários:

Anônimo disse... Responder comentário

História e poesia..
Poesia e História..
Tudo de bom!
bjsss